Anderson
Silva voltou a ser soberano no octógono e venceu o norte-americano Derek
Brunson no UFC 208, em Nova York, na madrugada deste domingo (12). O ex-campeão
finalmente encerra jejum de triunfos que já durava mais de quatro anos.
Spider
apostou no apoio familiar na entrada para a arena e até substituiu sua música
de entrada tradicional, “Ain’t No Sunshine”, de DMX, por “Doom”, de seu filho
Kalyl Silva. O brasileiro caminhou o percurso dos vestiários até o cage
acompanhado por dois herdeiros. A torcida estava com Anderson e o incentivou
desde então até o final do combate.
No
octógono, a primeira surpresa foi a mudança de estilo de Brunson: normalmente
impetuoso, o norte-americano estudou a luta nos primeiros movimentos, em sinal
de respeito à lenda e para evitar o melhor do jogo de Anderson Silva,
justamente os contragolpes. Foram cinco minutos de trocação intensa em um round
equilibrado. Silva destacou-se em dois cruzados de direita, e o adversário em
sequência de golpes no clinch.
Anderson
se soltou no segundo período: abaixou a guarda, gingou capoeira e encaixou bons
golpes. Em dado momento, conectou soco rodado e chute no tronco de Derek, que
respondeu com queda. O brasileiro se levantou rápido. Na trocação, mostrou
superioridade. O último assalto começou com mais uma tentativa de queda de
Brunson, novamente frustrada: Spider pareceu mais afiado do que nunca na defesa
de ataques às pernas.
Finalmente,
a um minuto e meio do fim do duelo, Derek conseguiu a queda e se manteu por
cima, pouco ativo, até o gongo final.
Antes
desta, a última vitória de Spider havia ocorrido em outubro de 2012, contra
Stephan Bonnar. Desde então foi derrotado duas vezes por Chris Weidman (na
primeira perdeu o cinturão e na segunda sofreu grave lesão), teve resultado de
luta contra Nick Diaz anulado por uso de doping e perdeu para Michael Bisping e
Daniel Cormier. O mau momento teve fim com apresentação convincente.
Anderson
é um dos maiores nomes da história do MMA e já avisou que não encerrará sua
carreira antes de cumprir todo o contrato com o UFC, apesar dos 41 anos.
Campeão dos médios por quase sete anos consecutivos, posiciona-se agora para
voltar a disputar o título da categoria: o atual dono do cinturão é o britânico
Michael Bisping.
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